Capa: Antigo edifício dos Correios e Telégrafos de Blumenau, inaugurado em 1927, e construído em um terreno, onde estava a escola de Meninas, fundada ainda no século XIX e construída em enxaimel. Em 2020 iniciou o processo de restauro, sendo que, pouco tempo depois, a obra parou e a edificação ficou descoberta por mais de um ano, submetido às intempéries. Em 2025 surgiu um projeto para construir um edifício em anexo a edificação histórica, sendo que este será restaurado pela construtora em questão. Os elementos em estuque se perderam por estarem submetidos às intempéries. 2f5g2w

Durante obras de restauro, o patrimônio permaneceu por mais de um ano sem proteção na estrutura de telhado e sótão, com material predominante feito em estuque – sendo que a última informação que registramos era de que se encontrava em processo de restauro, amplamente publicado nas mídias sociais e imprensa oficial.

Mais uma edificação histórica que faz parte do Cadastro do Projeto Memorvale onde estão fichadas 1,1 mil unidades, parte da história da cidade de Blumenau e região. Esta dotada de uma arquitetura imponente, projetada e construída por nomes da história local.

Edificação autoportante, com a presença do uso do estuque nos detalhes ricamente trabalhados e no decorativismo presente nas aberturas e sacadas. Quando, em 21 de agosto de 2020, visitamos seu canteiro de obras – em processo de restauro, ficamos satisfeitos pela cidade de Blumenau, que de forma ampla vem perdendo paulatinamente seu patrimônio histórico arquitetônico. De acordo com o idealizador do Projeto Memorvale, Arquiteto Dr. Vilmar Vidor citou antes de falecer em novembro de 2015, de todo o acervo cadastrado, ele estimava que restava, um terço das edificações cadastradas, ainda na paisagem.

Localização do patrimônio – edificação de grande valor histórico para a cidade de Blumenau.

A edificação histórica, ainda está localizado na Alameda Rio Branco, N° 40 – Centro, Blumenau. A proprietária do imóvel na data de seu cadastro pelo Memorvale era Isolde Hering Dandrea, filha de Curt Victor Hering (1881–1948) e de Hedwig Kleine (1883–1945) e irmã de Ingo Wolfgang Hering (1907–1992). De um imóvel público, ou a ser um imóvel privado. Não encontramos maiores informações sobre este processo.

Casamento de Isolde com Max Tavares d’Amaral. Seu segundo marido foi o alemão Hans D´Andrea.

De acordo com sua ficha do Projeto Memorvale, o edifício do antigo o Correios e Telégrafo de Blumenau foi inaugurado no local em 1927 e em 1987 pertencia a filha de Curt Hering, conforme mencionado.

Ficha de cadastro do Patrimônio no Projeto Memorvale.

Observar como em agosto de 1989, havia árvores na frente da edificação histórica.

Material do Castro Memorvale em 1989. Muita arborização.

O projeto – antigo Correios e Telégrafos – Blumenau 26x3w

História volátil – em menos de um século de existência esta paisagem importante para o Vale do Itajaí está totalmente descaracterizada.
A família do construtor Jacobs Brueckheier.

O Projeto do edifício do antigo Correios e Telégrafos de Blumenau foi assinado pelo engenheiro arquiteto Felippe Buendgensd e executado por Jacob Brueckheimer. O engenheiro Buendgensd fazia parte da Diretoria de Obras Públicas do Estado de Santa Catarina e o construtor Brueckheimer era filho dos imigrantes alemães Jakob Brückheimer (1849–1917) e Maria Johanna (Krämer) Brückheimer (1857–1941), oriundos de Baden que foi um construtor, que, além e participar da construção desse edifício, também participou da construção da sede da Sociedade Ginástica e das Lojas do Cia Hering.

Edifício do antigo Correio e Telégrafo de Blumenau foi inaugurado em 31 de dezembro de 1927, no terreno onde estava a Escola Feminina da Vila de Blumenau, que funcionava em um edifício construído com a técnica construtiva enxaimel.

Edifício inaugurado em 31 de dezembro de 1927, com o uso de Correios e Telégrafo de Blumenau por quase 40 anos, até o final ano de 1969, quando foi inaugurada nova sede para o uso dos correios, próximo à Igreja Matriz de Blumenau, na esquina da Rua Padre Jacobs com a Rua Curt Hering.

Até a inauguração deste edifício da Alameda, como sua nova sede, os correios telégrafos funcionavam em locais separados e distantes um do outro, de maneira istrativa. Os correios ficavam na antiga casa da família de Heinrich Kuehne, no início da rua 15 de Novembro e o telégrafo na casa do funcionário responsável por isso, que na época era Luiz Silveira da Veiga, residente ao lado do Colégio Santo Antônio. A distância entre os dois locais era de cerca de um quilômetro. As duas repartições parte dos Correios e Telégrafos de Blumenau eram rudimentares e tinham ambientes adaptados. Também era comum na época que o agente postal residisse no Correio, o que não acontecei, também. O agente postal de Blumenau Paulo Eberhard, residia em outro local, ainda.

A iniciativa de construir o novo edifício para o Correios e Telégrafos de Blumenau foi de Curt Hering que procurou um “terreno” localizado na centralidade da cidade e comprou o terreno público pertencente ao Estado, no qual havia uma escola construída com a técnica enxaimel de 1864.

O Estado possuía na Alameda Rio Branco, um terreno nessas condições, terreno esse em que fora, em 1864 construído um prédio de enxaimel, para a Escola Pública para meninas, criada por ato de 30 de agosto do ano seguinte, ocasião em que foi nomeada, para reges esta escola, a senhora Cristina Otília Apolônia von Büttner. A escola funcionou ali até 1913 sob a regência da mesma professora até a sua aposentadoria em 1894 e, desse ano até a sua extinção, sob a direção de Margarida Freygang. Revista Blumenau em Cadernos Tomo X – 1969

Escola feminina que estava instalado no local do antigo Correios e Telégrafos de Blumenau.

O edifício dos antigo Correios e Telégrafos de Blumenau, portanto, foi projetada no período do governo municipal de Curt Hering, pai de Isolde Hering Dandrea, em 1927, para sediar a agência de Correios e Telégrafos de Blumenau. Permaneceu com esse uso até 1969, quando foi inaugurado a nova sede dos Correios de Blumenau, na esquina da Rua Padre Jacob com a rua Curt Hering, menos de 40 anos após seu início.

O Patrimônio Histórico Arquitetônico destacado aqui, além de fazer parte do Cadastro do Projeto Memorvale, em 1989, teve seu tombamento na esfera estadual, como patrimônio, em 31 de março de 2000, sob o decreto N° 1070, pela FCC, sob o Processo N° 116/2000, por seu valor paisagístico e arquitetônico dentro da História de Blumenau e nunca deveria ser impactado com qualquer intervenção futura.

Conforme mencionado, o novo prédio foi construído pelo construtor Jacob Brueckheimer e inaugurado em 1927. O projeto previu que no pavimento térreo estariam localizadas a sala dos aparelhos telegráficos e a residência do Agente e os ambientes do segundo pavimento foram alugados para o governo federal. Quem gerenciava essas transações, quem construiu o edifício e com que verba, nunca foi bem esclarecido. A publicação da revista Blumenau em Cadernos de 1969, dá a entender que houve ações irregulares durante o processo de aquisição do terreno público, onde foi construído o patrimônio, igualmente, sem licitação para ser usado somente um pouco mais do que três décadas. E o casarão ficou com patrimônio da família de Curt Hering, que foi homenageado com nome da rua, no endereço da nova sede do Correio de Blumenau, quando este, foi desativado.

Mas as coisas não se aram com as facilidades que se possam imaginar numa das mais limpas e lisas. Os governos, por mais honestos e dignos que sejam, por melhor que empreguem a arrecadação dos cofres públicos, têm sempre, gravitando-lhes em derredor, os farejadores de escândalos, críticos e injustos. Curt Hering não escapou a isso. 1927, com a posse de Washington Luiz na Presidência da República no ano anterior, começavam a se amontoar nos horizontes políticos do país as nuvens que desencadeariam a revolução de 1930. E, como pode acontecer em tais oportunidades, surgiram os descontentamentos e as incompreensões, as suspeitas e as acusações, na maioria injustas, contra uma situação político-istrativa que vinha se mantendo desde a vitória de Floriano sobre o levante federalista de 1903. Isso além das pequenas insurreições que fora mas preocupações dos
governos Hermes e Bernardes.
E quando se deu a vitória revolucionária de 30, os líderes da Aliança Libertadora nos vários municípios, apossando-se dos governos regionais, quase sempre com boatos e telefonemas alarmantes, tiveram, por primeira preocupação, vasculhar a vida istrativa dos dirigentes que caíram. Blumenau não foi exceção. Criou-se uma Comissão de Sindicância e as contas e negócios do município foram revirados e remexidos a cata de supostos deslizes e desonestidades. A desilusão foi completa. A pecha que se poderia assacar contra os foi a de que eles tinham sido escrupulosos demais no emprego dos dinheiros públicos.
Entretanto, na capital do Estado, verificou-se que a venda do terreno da escola, para a construção do prédio dos Correios, havia sido feita sem concorrência pública. Um escândalo: Ameaças de anulação da escritura e outras abateram o espírito de Curt Hering. deixaram-no desolado. Todo o entusiasmo com que se prontificara em vir ao encontro do governo federal para a solução de um problema de premente urgência, se transformara na tristeza e na amargura dos desiludidos. Revista Blumenau em Cadernos Tomo X – 1969

O terreno onde foi construído o antigo edifício dos Correios e Telégrafo era público.

Arquitetura Patrimônio 5nt16

Conforme mencionado, a arquitetura é autoportante com tijolos maciços e dentro da linguagem neoclássica/ e ou, eclética – na cidade de Blumenau, bem como na Europa – tendência do início do século XX. Telhado com a presença de mansarda – criando um ambiente utilizável no sótão, munido de elementos diferenciados a partir de aberturas com coberturas abobadadas – fornecendo também, elementos que caracterizam e personalizam sua fachada. Esta, apresenta características da linguagem arquitetônico utilizada e já mencionada, como por exemplo a simetria, a partir de grandes e altas janelas com esquadrias de madeiras claras. Tem 2 pavimentos com grande pé direito. O que torna a edificação com aspecto muito alta – para edificações comuns. Seu aspecto atual de conservação, é razoável. Chamamos a atenção para a hera que ocupa as fachadas – podendo esta, comprometer a arquitetura se estiver desprovida de manutenção periódica. Também observamos, que foi efetuado a troca de telhas, descaracterizando a originalidade da edificação, quanto ao aspecto visual do edifício.

Ponto positivo – o edifício histórico está bem localizado e não foi trocado por uma outra edificação de construção duvidosa.

Uma curiosidade – Residente ilustre da Mansarda do Edifício 5d6b4a

Na sua mansarda, residiu o agente postal-telegráfico de Blumenau, e também jornalista e poeta josefense – João Octaviano do Nascimento Ramos. O agente postal, juntamente com o ex prefeito de Blumenau, José Ferreira da Silva, fundou o jornal “A Cidade” em 1926, no qual ocupava o papel de redator. Curiosamente Octavianos não residia no pavimentos térreo como o primeiro agente a residir ali, mas na mansarda.

Em uma matéria assinada pelo fundador da revista Blumenau em Cadernos, uma de nossas fontes de pesquisa, e também companheiro de Octaviano no jornal, José Ferreira da Silva comenta um pouco sobre Octaviano Ramos nas páginas da 1ª publicação da revista – Tomo I, N° 1, de novembro de 1957. O texto:

“Quando Octaviano era agente postal-telegráfico de Blumenau e dirigia, comigo, a “A Cidade”, jornalzinho que nos custou muitas dores de cabeça, eu costumava visitá-lo todos os dias, à tardinha, em sua residência nos altos do prédio que Curt Hering, o prefeito benemérito, construíra para a agência do Correio. E quase sempre saíamos juntos, a dar uma volta a pé pelas ruas da cidade, comentando fatos da nossa mocidade, discutindo assuntos de literatura e mesmo de política do município e do estado. Ou íamos visitar o Bruder Pacômio, na pequena tecelagem dos franciscanos, ou filar umas pitadas de rapé do Bruder Hilário, no santuário em que êle fabricava altares de madeira que eram verdadeiras obras de arte. Certa vez, amos pela atual Rua Alvin Schrader, defronte ao jardim da residência que fôra do Doutor Alfredo Luz, então uma das melhores da cidade. Naquela época, estando o proprietário internado num sanatório no Rio de Janeiro, o jardim que conhecêramos, outrora, muito bem cuidado, sempre cheio de flôres e folhagens, as mais delicadas estava em lamentável estado de abandono. O capim e as ervas daninhas haviam tomado conta de tudo. As belas roseiras enxertadas, desprendidas de seus es apodrecidos, jaziam pelo chão, uma ou outra tentando fazer desabrochar as suas flôres por entre malhas de “mata-pasto”. José Ferreira da Silva

João Octaviano do Nascimento Ramos casou-se e teve sua família em Blumenau. Seus poemas foram publicados no Anuário Catarinense. Foi charadista e jornalista (desde sua infância em São José SC.). Tem seu nome em uma das ruas da Blumenau atual.
Faleceu em Canoinhas SC, em 6 de outubro de 1954, com 72 anos de idade.

O edifício pertencente ao Patrimônio Histórico Arquitetônico nas mídias – 2020. 405i31

Em 2020 foi amplamente noticiado o restauro do edifício do Antigo Correios e Telégrafo. Fomos ao local, em 21 de agosto de 2020, registrar imagens para a história, e realmente estava acontecendo o restauro.

Reportagem do jornalista Francisco Fresard de 21 de junho de 2020.

Foto: Pancho

Um dos mais belos imóveis do Centro de Blumenau será completamente restaurado nos próximos meses. Trata-se do casarão que fica na Alameda Rio Branco, número 40, construído em 1927 pelo então prefeito Curt Hering para ser sede dos Correios na cidade.O imóvel tem três andares e está em frente a outro prédio histórico da cidade, que foi sede do Cine Busch até a década de 1990. Uma loja de roupas femininas foi o último estabelecimento comercial a funcionar no local.O restauro está sob responsabilidade da nova dona do casarão, a empresa Serpa Construtora e Incorporadora. A ideia é deixar o imóvel pronto no segundo semestre deste ano para que ele seja ocupado e ganhe vida.

Segundo o diretor da empresa, Gilbert Serpa, um parceiro comercial deve ser confirmado nas próximas semanas e deve usar piso térreo do casarão. Os outros dois pavimentos podem dar lugar a um coworking para as áreas de engenharia e arquitetura e um espaço gastronômico, além da sede da própria incorporadora.

O imóvel é tombado desde o ano 2000 pelo governo do Estado. Para iniciar o restauro falta ainda a aprovação da Fundação Catarinense de Cultura, órgão que decide pelo tombamento e protege o patrimônio histórico edificado de Santa Catarina.

Nossas imagens de 21 de agosto de 2020 – restauro 2rk2k

Em processo de restauro – em obras – agosto de 2020.
Obras de restauro – agosto de 2020.

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Mostrando a obra de restauro e sua arquitetura – agosto de 2020.

Proteção usual em situações semelhantes.

Em 2021, alguém nos havia alertado que a edificação histórica do antigo Correios e Telegrafo de Blumenau se encontrava sem a cobertura e proteção dos ambientes da mansarda, construídos com paredes de estuque, há algum tempo. Não houve sequer a preocupação de colocar uma proteção temporária sobre o telhado para proteger o material sensível.

Quando estávamos na “concentração” para o desfile oficial de comemoração do aniversário de Blumenau, 2 de setembro de 2023, realmente verificamos, que a obra de edificação histórica não teve o prosseguimento das obras de restauro continuadas, nem tampouco, ela estava coberta. Fizemos fotografias.

Sem cobertura há mais de um ano.
Nesse dia – 2 de setembro de 2023, choveu muito. A edificação estava assim, aparentemente sem a estrutura original do telhado, que tanto chamou nossa atenção em 2020.

Em 3 de março de 2024, retornamos ao local para registrar a situação, pela preocupação com o patrimônio.

 

 

 

 

 

Em 28 de maio de 2025, foi analisado um projeto para o entorno do patrimônio aqui destacado, no Conselho Municipal do Patrimônio Cultural Edificado de Blumenau – COPE. O objetivo do encaminhamento é a deliberação do entorno imediato do patrimônio para a construção de um edifício com mais de 20 pavimentos “abraçando” o Patrimônio Histórico Arquitetônico, tombado na esfera estadual, como patrimônio, em 31 de março de 2000, sob o decreto N° 1070, pela FCC, sob o Processo N° 116/2000.

O projeto não foi aprovado nesta ocasião por este estar incompleto, sem mais detalhamentos e informações sobre os acabamentos, decorativismo e materiais. Não houve destaque sobre o impacto da volumetria e sua aproximação deste e consequentemente, seu impacto sobre a edificação do patrimônio, o edifício do antigo Correios e Telégrafos de Blumenau, que até 2020 estava com um bom estado de conservação. Atualmente se encontra quase em estado de ruinificação.

A empresa interessada na nova construção pretende “restaurar” a edificação mediante a aprovação do projeto pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural Edificado de Blumenau – COPE.

O projeto retornará para avaliação e deliberação neste conselho em um futuro próximo.

Área central de Blumenau em franca verticalização nos quintais de sua história. “Croqui” da proposta a ser construída no entorno do patrimônio.

Registro para a História. h1l61

Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
@angewittmann (Instagram)
@AngelWittmann (Twitter)

Referências u4p19

  • GERLACH, Gilberto Schmidt. Colônia Blumenau no Sul do Brasil / Gilberto Schmidt-Gerlach, Bruno Kilian Kadletz, Marcondes Marchetti, pesquisa; Gilberto Schmidt-Gerlach, organização; tradução Pedro Jungmann. – São José: Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019. 2 t. (400 p.): il., retrs.
  • Pioneiros da Colônia Blumenau – Famílias Evangélicas de confissão Lutherana da colônia Blumenau. Período: 1856 – 1940. Prefeitura Municipal de Blumenau – Fundação Cultural de Blumenau. Arquivo Histórico Professor José Ferreira da Silva. Tradução e transcrição: Curt Hoeltgebaum. Catalogação e formatação: Rita de Cássia Barcellos. Disponível em: http://pergamum.blumenau.sc.gov.br:8084/pergamumweb/vinculos/000000/0000004e.pdf. o em: 20/05/2025 – 6:12h.
  • SILVA, José Ferreira da. História de Blumenau. 2.ed. – Blumenau: Fundação “Casa Dr. Blumenau”, 1988. – 299 p.
  • WETTSTEIN,Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau. Leipzig, Verlag von Friedrich Engelmann, 1907. 
  • Revista Blumenau em Cadernos. O Novo Prédio dos Correios e Telégrafos. Tomo X, março de 1969. Nº3. Fundação Cultural de Blumenau. Páginas 55 até 57.