Pesquisadora de Blumenau lançará livro sobre os 40 anos da Oktoberfest 571w4s
Lançamento deve ocorrer em julho e terá inúmeras fotos que retratam a criação da principal festa de Blumenau 4w6747
Por Eliz Haacke- 06/05/2025
- 16:30
A arquiteta e escritora de Blumenau, Angelina Wittmann, lançará um livro para retratar a história dos 40 anos de Oktoberfest Blumenau. A obra, intitulada Oktoberfest Blumenau 40 anos – palco de um resgate cultural e que tem data de lançamento prevista para julho, traz detalhes da primeira edição da festa, a organização, os anos seguintes e o crescimento do evento no decorrer dos anos.
Angelina conta que a ideia para criar o livro surgiu há 15 anos, quando ouviu histórias que não apresentavam todos os detalhes sobre a origem da festa. Ela diz que o nome da pessoa que teve a ideia da Oktoberfest era ocultado nas histórias: Antônio Pedro Pereira Nunes. Ele foi secretário de Turismo no governo do ex-prefeito Dalto dos Reis.
“O Antônio era de outro partido, houve conflitos dentro do partido do prefeito que não queria ele, mas o Dalto achava que ele, por ser o proprietário da primeira agência de turismo de Santa Catarina e viajar continuamente à Alemanha, poderia resgatar as festas que ele fez na campanha política dele, que era aquela festa com o perfil da festa do chope”, cita a autora.
Livro sobre 40 anos da Oktoberfest Blumenau 225m4w
Com isso em mente, a pesquisadora decidiu homenagear Antônio e iniciou as pesquisas sobre o surgimento da festa. Segundo ela, a festa foi criada em 1983, mas foi adiada devido à grande enchente que afetou o município e a região naquele ano. No ano seguinte, a istração municipal retomou a ideia da festa, mas novamente uma enchente afetou a região, deixando centenas de casas alagadas, com estragos por toda a cidade e até vítimas fatais.
A ideia da festa seria arquivada novamente, mas Antônio decidiu convencer a gestão a realizar o evento em 1984. Ele temia que com a espera de mais um ano o projeto não seria mais interessante e cairia no esquecimento. Com o município se reconstruindo após a enchente, três meses depois Blumenau realizou a primeira edição da Oktoberfest.
“Foram lançados livros que mal mencionavam a coragem desse homem, que foi muito questionado, na época, sobre por que quis realizar a festa”, cita.
Para contar mais detalhes sobre a ideia de Antônio, Angelina entrevistou a viúva do ex-secretário de Turismo, Marga Holzmann Nunes. O livro é dividido em quatro partes, sendo que o primeiro capítulo trata dos preparativos e a primeira festa; o segundo conta sobre as edições seguintes do evento; o terceiro aborda a gastronomia da festa com recortes de jornais da época; e o último capítulo trata sobre o impacto da pandemia na festa, que foi cancelada por dois anos, e o evento pós-pandemia.
Além da importância de Antônio na história da festa, o livro de Angelina também retrata os detalhes da primeira banda a se apresentar na festa: Musikverein Haubersbronn e os outros pontos como os impactos do abandono da língua alemã pelos descendentes dos imigrantes.
Viagem para Alemanha 4e5r56
A pesquisadora está viajando na Alemanha neste mês para conversar com alguns dos grupos que se apresentaram na festa de Blumenau, como Deggendorfer Stadlmusikanten – que se apresentou seis vezes no evento; Die Scherzachtaler e Winzerkapelle Rödelsee – que se apresentou oito vezes em Blumenau. Ela também aproveita a oportunidade para fazer algumas imagens que serão usadas no livro.
O lançamento está programado para ocorrer no dia 24 de julho, durante a semana da Imigração. A obra estará à venda nas principais livrarias de Blumenau.
Na Alemanha, Angelina também se colocou à disposição para representar Blumenau e entrega alguns canecos de chope da Oktoberfest Blumenau. O pedido foi aceito por Guilherme Benno Guenther, presidente do Parque Vila Germânica.
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