Padre de Blumenau recorda das cartas que trocou com Papa Francisco: “me encorajou a permanecer firme na fé e atento à voz de Deus” 6s442b
Ele mandou a primeira carta em 2013 69343f
Por Eliz Haacke- 22/04/2025
- 17:38
O padre Gabriel Natan, da Diocese de Blumenau, teve a oportunidade de trocar cartas com o Papa Francisco sobre temas vocacionais e a alegria de servir à Igreja. O Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
Ele recorda que escreveu a primeira carta após a Jornada Mundial da Juventude, que ocorreu em 2013, no Rio de Janeiro. Naquela oportunidade ele viu Francisco ar pelo Papamóvel.
Na carta, ele compartilhou com o Papa o desejo de ser padre, as inquietações que tinha e a realidade da juventude brasileira. “Ele, com sua simplicidade e profundidade, me encorajou a permanecer firme na fé e atento à voz de Deus”, diz.
Poucos meses depois, padre Gabriel recebeu uma carta do Vaticano. Na época ele já estava no seminário. “Foi uma emoção imensa. Eu jamais imaginei que ele realmente responderia. Quando recebi a carta, senti um misto de alegria, surpresa e, acima de tudo, gratidão. Foi como receber uma confirmação de Deus, por meio do Papa, de que eu estava no caminho certo. E decidi agradecer a ele pela carta e dizer o quanto ele me impulsionou e encorajou a entrar para o seminário e ser padre. E a resposta veio! Fiquei muito feliz pela proximidade e com as palavras para ser um padre próximo das pessoas”, comenta.
Cartas trocadas com Papa Francisco 2n4d1m
Padre Gabriel recorda que o Papa Francisco foi muito cordial e próximo em suas cartas. Segundo ele, a carta tinha um tom fraterno, como o de quem escreve para um amigo.
“Ele falou da importância da oração, da entrega generosa e do cuidado com os mais pobres. Foi breve, mas profundamente tocante. Palavras simples que carregavam muito significado e encorajamento para seguir a minha vocação”, recorda.
Após a primeira troca, padre Gabriel voltou a escrever ao Papa em momentos marcantes de sua caminhada vocacional. Sempre recebeu retorno.
“O Papa Francisco deixa um legado de esperança, simplicidade e proximidade. Ele nos ensina que a Igreja deve ser uma casa de portas abertas, acolhedora e missionária. Sua voz em defesa dos pobres, da ecologia e da paz ressoa no mundo inteiro. Ele nos recorda que a misericórdia é o coração do Evangelho”, finaliza o padre.
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